tag:blogger.com,1999:blog-13249618575528807422024-03-13T18:31:45.572-03:00O Chão Preto de UrbanusBlog destinado a divulgação das crônicas, poesias e contos desse Poeta, Cronista, Advogado e Jornalista URBANO FRANÇA CANÔAS, nascido em Sacramento (MG), em 22 de Setembro de 1919, e falecido em São Carlos (SP) em 31 de Março de 2010Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-81894626736471971512013-12-15T10:58:00.003-02:002013-12-15T10:58:44.097-02:00BARRETOS 159 ANOS<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Hoje minha irmã Anita
perguntou-me se tinha alguma crônica do papai sobre o aniversário de Barretos.
Respondi-lhe que sim e que sempre a publicava... Nem aguardei resposta. Fui
logo procurá-la. Entretanto não a republiquei. Por quais motivos? Não sei! O
que sei é que num repente vi-me criança brincando na Praça Francisco Barreto...
Era um Domingo. Dia de festa! Pipoca e picolé da Rainha... Algodão doce...
Tinha fanfarra do Ateneu... Desfile na 19! Senti os aromas, o clima parecia
mais ameno... Foram segundos que em minha mente de 53 anos queriam fossem
eternos. Nessas lembranças, entrei na sala de aula do Primeiro Grupo, aquelas
carteiras... Ah, quantas saudades! Dona </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-variant: small-caps;">Edith
Moni</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> (minha primeira Professora). Naquele tempo, era PROFESSORA e com
“P” maiúsculo! “Seu” </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-variant: small-caps;">Dorival Teixeira</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">
era o diretor. O Grupo Escolar Doutor Antonio Olympío era cercado por um
arvoredo, como também era a Praça “Chico Barreto”... Tudo sob a proteção da
bela Igreja Matriz! Em meu devaneio de infância, corri ‘prá’ nadar na piscina
do Grêmio, não sem antes levar um ‘esbregue’ do Baiano. Mergulhei fundo
naqueles tempos idos... Andei de bicicleta até o Frigorifico Anglo, cruzei a
cidade ‘prá’ passar na frente da casa de minha amada – já aos sete anos também
amava amores platônicos... Ansioso por aventura fui </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-variant: small-caps;">Cine Centenário</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> assistir um faroeste, depois com uma
“trempa” de amigos ia protagonizar o “Bang-Bang” na mina d’água (onde hoje é o
CPP)... Ah! Doces lembranças... Carrinhos de rolimã... Vi-me também nessa mesma
fantasia, vi-me acompanhando o </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-variant: small-caps;">João
Carlos Guimarães</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">, meu cunhado, nos jogos de futebol... Grêmio, União dos
Empregados, Campo dos Motoristas (São Cristóvão) entre outros... Deus! Quantas
saudades... Saudades do meu Barretão, do meu querido e amado CHÃO PRETO! Hoje,
estabilizado profissionalmente em São Carlos (SP), comemoro na distância os
Cento e Cinquenta e Nove anos dessa Terra que amo, da Terra que nunca teve o
chão preto, mas que na magia, no encanto e no amor de meu pai </span><i style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span style="font-variant: small-caps;">Urbanus</span></i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-variant: small-caps;"> (Urbano França Canôas)</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">, ganhou força e
brilho. Finalizo com o trecho da crônica que papai fez ao Sesquicentenário de
Barretos, pois este também é o meu sentimento: </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“</span><i style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Mas, agora, longe da terra que
tanto amei que tanto exaltei só me resta a saudade de ouvir o berrante
trombetear nas campinas do sertão barretense e o peão, do alto da sua montaria,
gritar, a plenos pulmões: “EH! EH! CHÃO PRETO, TERRA BOA É BARRETO!!!</b></i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">”...”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E para aqueles que ainda criticam
vai o meu recado: Terra boa não é paraíso...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Abraço à todos os Barretenses!</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">J. Fernando Canôas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">(N.A.) </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Esta 'crônica' foi publicada no dia 25 de Agosto de 2013 no Facebook.</span></span></div>
Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-37523566727391162382013-12-11T22:06:00.001-02:002013-12-11T22:06:35.790-02:00ACERTANDO OS PONTEIROS<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Acertando os ponteiros prá 'entrar' 2014 com todo gás!!! Divulguem e sigam este blog!!!</span><div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Abraços,</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">J. Fernando</span></div>
Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-22262926283999796922012-08-10T01:00:00.006-03:002012-08-10T01:00:53.376-03:00Retornando...<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Seria risível, se não fosse de lamentável, as coisas que vemos na ‘grande rede’. Principalmente em blogs de pessoas que misturam, como num grande caldeirão, inveja, intriga e egoísmo...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fugindo, mais uma vez, ao escopo deste blog, vou reportar-me a um “alerta” publicado recentemente e que tomei conhecimento. Esse “alerta” refere-se <i><b>veladamente</b></i> a este Blog e seu blogueiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Todavia, o “alerta” a que me refiro foi elaborado/redigido por pessoa aventureira, oportunista e covarde, que não merece qualquer respaldo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Em resumo, pessoa egoísta que sempre ‘copiou’ e viveu à sombra de intrigas, de mentiras, manipulações vis e sem quaisquer escrúpulos, pudores, ética e/ou ideias próprias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Criei esse blog, não como uma referência vaga (alusão) às obras de meu saudoso pai. Mas sim como uma HOMENAGEM à um Homem. Como láurea ao escritor, ao poeta, cronista, jornalista e que tive o maior orgulho em chamá-lo, não só de Pai, mas de colega de profissão! O processo de criação veio pela <b>verdadeira</b> adoração que tinha pelo meu pai recém-falecido, posto que nos meus 52 anos de vida, apesar de homem público que sempre fui desde os meus 16 anos (quando comecei a trabalhar em Rádio), nunca gostei de expor-me, de aparecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Outro fator que me levou a publicar estas páginas, além da então recente perda daquele que <b>nunca abandonei e jamais abandonaria por nada desse mundo</b>, foi o fato de após o seu desenlace, ter pegado praticamente no lixo os originais dos escritos que ele sempre teve o maior orgulho – e não era para menos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Talvez por ser o único filho que seguiu quase todos seus passos, tinha com meu Pai, conversas, trocas de ideias e até de confidências. Sabia, por exemplo, que ele gostaria ver publicados seus contos. Chegou mesmo a pedir-me, em certa ocasião, que digitalizasse um de seus contos para entregá-los a determinada pessoa que iria providenciar a publicação. Fomos até Barretos (ele e eu) e contatamos essa pessoa. Por questões éticas, não divulgarei o nome do empresário. Resultado: a cópia entregue ao mencionado empresário soverteu-se!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sugeri, à época, as reedições das crônicas da coluna “Chão Preto” e fiquei de catalogá-las – o que não fiz por falta de tempo! Separei-as, organizei-as, mas não consegui catalogá-las. E, não por mero acaso, tive a sorte de estar no momento e na hora certa em que as mesmas iriam parar no lixo. Cheguei a ouvir que “papel aceita tudo, e que por isso não tinham qualquer valor!”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Realmente, escritos podem até não conter valor econômico, mas contém outros valores! Valor moral, valor pessoal, valor de estimação (este não tem preço) e tantos outros valores...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Em suma, sob as penas da Lei, continuarei a reproduzir as crônicas de Urbanus neste blog denominado O Chão Preto de Urbanus eis que não constitui ofensa aos direitos autorais (veja a Lei).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Aliás, as obras assinadas por Urbanus, relacionadas a ‘coluna’ “Chão Preto”, e publicadas a sua época em periódicos, e aqui reproduzidas, segundo os ditames da Lei que rege a matéria! NÃO CONSTITUINDO NENHUMA OFENSA AOS DIREITOS AUTORAIS <b>VEZ QUE REPRODUZIDOS SEM O INTUITO DE LUCRO e SEMPRE FAZENDO MENÇÃO AO NOME DO SEU AUTOR!</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Reitero: este blog, e o que aqui se posta a título de reprodução, <b>NÃO É MERA ALUSÃO</b>, mas sim uma <b>HOMENAGEM</b>!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">J. Fernando Canôas</span></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-35973915711250441122012-08-10T00:44:00.003-03:002012-08-10T00:44:18.719-03:00O Super-homem não morre!<br />
<div style="text-align: justify;">
Super-homem morre? Nunca pude imaginar isso! Nem num sonho maluco de Lex Luthor... Super-homem nunca morre!!! Vivi 50 anos imaginando isso... Mas esqueci de que como homem de aço ele poderia mudar-se para Kripton!</div>
<div style="text-align: justify;">
Relembro-me hoje, com saudades do meu velho e querido pai. Do seu jeito de ser, falar, andar... Ô Pai, que saudades!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das lembranças que tenho, quando morávamos na Rua 22... Papai sentado numa cadeira, eu tinha os meus seis ou sete anos, sei lá! Corri, sentei-me em seu colo e começamos a brincar... Colocava a mão em seu bigode e ele... – Rrrronc! – como que me assustando. Dávamos boas risadas... A certa altura da brincadeira, perguntei-lhe se poderia tirar seus cabelos brancos (ainda eram poucos naquela época). Papai sorriu e disse que ficaria careca. Mas não queria vê-lo velho! Em certa ocasião, morávamos em Barretos na Rua 14, esquina da Avenida 23. E um dia, como em todos os dias na hora do almoço meu pai atrasava-se. Ouvi um comentário de que ele estava na rádio... Olhei pro radinho de pilha e nada. – Meu pai não cabe ai! – até que resolvi atravessar a rua entrei naquele prédio enorme e cheguei num lugar que mais parecia um aquário... Fiquei na ponta dos pés e vi através do vidro, meu pai falando na frente de uma coisa esquisita. Acho que meus olhos brilharam mesmo sem saber direito o que era. Depois ele me explicou tudo contou como funcionava aquela parafernália... Fiquei radiante!!! Daquele dia em diante, passei a procura-lo em seus trabalhos: fui ao Banco do Brasil onde era gerente (achei que ele era o dono daquilo tudo!), por vezes, encontrei-o nas quadras de tênis do Grêmio. E uma vez, ele quase teve uma sincope quando o encontrei no clube dos ingleses no Frigorifico Anglo, onde ele ia jogar Golfe!!! Em certa ocasião, recordo-me com saudades, de uma vez que fui com ele na Casa dos Médicos e ele mandou preparar um misto quente. Foi o melhor misto que já comi até hoje!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-E6xHGWFFbvE/UCSDBGIRx7I/AAAAAAAAAOU/SGG8gdHN7LI/s1600/Bar+do+Costa+1967.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-E6xHGWFFbvE/UCSDBGIRx7I/AAAAAAAAAOU/SGG8gdHN7LI/s320/Bar+do+Costa+1967.jpg" width="258" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Almoço no Bar do Costa (Barretos - 1967)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QTsyUZFbqJA/UCSDWNze6wI/AAAAAAAAAOc/hcO2KW_crRc/s1600/002+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-QTsyUZFbqJA/UCSDWNze6wI/AAAAAAAAAOc/hcO2KW_crRc/s320/002+(2).jpg" width="222" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Papai escrevendo uma de suas crônicas</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Papai era muito ocupado, mas sempre arrumávamos um jeitinho para estamos juntos! Além das atividades que tinha: bancário, radialista, cronista de jornal, poeta, pai e bom marido, achou um tempinho e formou-se Advogado. O tempo passou, cresci, desliguei-me um cadinho... Tornei-me radialista, fui bancário... Escrevi algumas coisas... Resolvi fazer-me, tal qual Papai, Advogado! Em nenhuma das minhas profissões fui tão brilhante como ele, mas ao menos tentei! Mas, em certa ocasião, quando me apresentou à uns amigos, vi em seus olhos e senti em suas palavras o orgulho que ele tinha desse mal filho: “Esse é o meu caçula. Ele também é meu colega!”. Senti-me o mais importantes dos homens! A certa altura da vida, tive o privilégio de poder ajudar aquele que sempre me amparou até mesmo quando me desliguei dele e da família. Privilégio, posto que passei a conhecer melhor o meu melhor amigo! Confidenciávamos ideias e ideais... Nas palavras dele, passei a ser sua bengala e seus olhos... Se até então o tinha como Pai e exemplo de homem, passei a tê-lo como super-herói! Tínhamos, por certo, nossas desavenças, rusgas... Não somos: principalmente eu, perfeitos! E, segundo seu dito: “Um Canôas não é teimoso. É persistente!” e nessa persistência lutamos lado-a-lado com o que ele chamava de “degenerescência” visual. Hoje vejo que essa “degenerescência” era apenas física, vez que o velho Canôas tinha uma visão muito além de todos nós! Não me esqueço do dia que após sairmos de uma das primeiras consultas no Hospital de Olhos de Sorocaba, ele disse-me: “Olha. Estou me sentindo bem melhor! Já consigo enxergar a placa desse carro ai na frente!” – e, apertando os olhos, leu-me a placa... Pai... Papai. Que saudades do senhor!!! Sabe, as vezes ouço a sua voz... Vejo sempre, e JAMAIS esquecerei o seu rosto, seus cabelos brancos! “Não quer aprender com a minha experiência? Vai aprender com os seus erros!!!” – não era assim, tudo de uma só vez, era uma voz pausada, que vinha de dentro (de dentro do coração), gaguejada. E quando ele ficava bravo, então?</div>
<div style="text-align: justify;">
São lembranças, Papai, que nem o tempo implacável, irá apagar de minha memória, pois em minha vida e em meus sonhos o senhor está cada vez mais presente, mais vivo e mais amigo! Sabe por quê? Porque o Super-Homem não morre, ele voa para Kripton!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
E hoje, neste mês em que comemoramos o DIA DOS PAIS, venho lhe prestar esta singela homenagem. A homenagem de seu amigo, colega, a homenagem seu filho,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
José Fernando Fullin Canôas</div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-27777345966814504052012-07-27T22:52:00.002-03:002012-07-27T22:52:22.587-03:00Adeus à João Carlos Guimarães<br />
Amigo vai com Deus!<br />
<br />
Hoje a tristeza volta a bater na porta da minha vida, depois de dois anos! Perdemos o contato físico com um grande homem. Vai ‘Silibim’, descansa em Paz!<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> Não se esqueça de que terminou apenas o primeiro tempo, desse jogo chamado VIDA! Tenho certeza de que o Mestre dos Mestres e nosso Pai Celestial estarão te esperando de braços abertos, no vestiário para a troca de roupas, e para cumprimentá-lo pelo belo jogo que você, com maestria soube comandar. Criou jogadas incríveis: uma linda família! Fez dez fabulosos gols num único tempo de jogo: seus filhos e netos! De tabela, ajudou a criar mais um, OBRIGADO!!!<br />
<br />
Obrigado por tudo Pamigo (Pai e Amigo)! Obrigado Amipai (Amigo e Pai)!<br />
Recebe nesse instante um beijo e um abraço do<br />
<br />
Cinquentinha<br />
(Nando Canôas)<br />Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-24960030130371232032012-01-09T04:41:00.001-02:002012-01-15T09:45:19.351-02:00Retornando...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Depois de quase uma gestação, volto a escrever. Minha <i>pena</i> ainda meio que enferrujada, com a tinta um pouco fraca, hoje coça meus dedos calejados, mas, em minha mente borbulham velhas lembranças, mescladas de idéias novas como o ano que se inicia... Saudades de você... Saudades de vocês!!! Como todo ano que se inicia, vou iniciar este de 2012 com o propósito de <b><i>blogar</i></b> sempre... Sempre que possível!! Postarei, por estas páginas, alguns escritos do meu querido e saudoso pai, como inicialmente pretendido, e, depois de muito refletir, vou postar algumas coisas minhas coisas que como bom chão-pretano, e filho de peixe que sou, vão ao de longe, <i>falar</i> do meu querido Chão Preto, da terra que adotei e, enfim, dessa terra <i>Brasilis</i>!</span></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-55793538203337499262011-04-21T12:05:00.000-03:002011-04-21T12:05:50.868-03:00NOTA DE ESCLARECIMENTO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: blue;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 10.0pt;">O Blog, “<b><span style="font-variant: small-caps;">O Chão Preto de <i>Urbanus</i></span></b>”, foi criado no inicio do mês de Maio de 2010 (1ª quinzena salvo engano), todavia somente colocado no ar, ou tornado público, no dia 22 de Junho daquele ano, dia em que me tornei membro (essa data é a que aparece no perfil, ou no <i>quem sou eu</i>) deste blog. A guisa de esclarecimento, informo a quem possa interessar, que mantenho um cadastro no gmail.com há mais de 6 (seis) anos, e ao se criar esse cadastro, cria-se automaticamente um perfil. Entretanto somente quando da publicação do Blog é que resolvi <b>atualizar</b> o meu perfil e deixá-lo como público. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 13px;">Tenho, ainda, de esclarecer que a expressão <b><i>Chão Preto</i></b> é de domínio público e alusiva à Cidade de Barretos (SP). Tal expressão tornou-se usual, se assim posso dizer devido ao amor e paixão do jornalista <span style="font-variant: small-caps;">Urbano França Canôas</span> pela terra que adotou como sua, posto que nascido em Sacramento (MG). As crônicas insertas neste Blog são em sua grande totalidade de autoria de <span style="font-variant: small-caps;">Urbano França Canôas</span>, ou <i><span style="font-variant: small-caps;">Urbanus</span></i>, e seu <i>Copyright</i>, ou as cópias originais (traduzindo para o português) estão em minha posse (<span style="font-variant: small-caps;">José Fernando Fullin Canôas</span> – filho) e todos os diretos de publicação pertence a viúva (minha mãe, <i>dona</i> <span style="font-variant: small-caps;">Ruth Fullin Canôas</span>).</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="color: blue;">Quanto ao título <b><i><span style="font-variant: small-caps;">Nas Minhas Páginas... </span></i></b></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: blue;"><b><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 10.0pt; font-variant: small-caps;">Nas Minhas Páginas...</span></b><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 10.0pt;"> É uma coletânea de crônicas, poesias e escritos que fiz em 1985 (com cópia arquivada na APL – Academia Paulista de Letras, no ano de 1986) e cujas cópias originais e direitos editoriais me pertencem desde então.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: blue;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 13px;">Era o que se tinha para esclarecer. E aproveitando o ensejo, desejo a todos os leitores dos Blogs – <b><span style="font-variant: small-caps;">O Chão Preto de <i>Urbanus</i></span></b> e <b><i><span style="font-variant: small-caps;">Nas Minhas Páginas... </span></i></b>– uma Feliz Páscoa!</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 10.0pt;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color: blue;"></span></o:p></span><span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 13px;">Atenciosamente,</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-family: 'Comic Sans MS'; font-size: 13px; font-variant: small-caps;">J. Fernando Canôas</span></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-16002683591709119012010-12-06T14:53:00.000-02:002010-12-06T14:53:58.750-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_fUkBUzIImJQ/TP0Uec03AbI/AAAAAAAAAGQ/3yeOcy4p4H0/s1600/Urbano+Fran%25C3%25A7a+Can%25C3%25B4as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/_fUkBUzIImJQ/TP0Uec03AbI/AAAAAAAAAGQ/3yeOcy4p4H0/s320/Urbano+Fran%25C3%25A7a+Can%25C3%25B4as.jpg" width="236" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Urbano França Canôas</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">(<i>Urbanus</i>)</div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-36003661330108073272010-11-10T00:19:00.000-02:002010-11-10T00:19:52.185-02:00A ÁRVORE<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 30pt; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Eu queria meditar, mas, meus olhos teimavam em se fechar apesar de meus esforços para conservá-los abertos. Depois de algumas tentativas a mais para ficar acordado, não resisti e dormi. Aí a paisagem se descortinou diferente: - era um lugar maravilhoso, com cascatas, palmeiras, árvores frondosas, regatos com poços remansosos que mais pareciam verdadeiras piscinas. A gente até podia ver os peixes nadando nas águas límpidas da correnteza...<o:p></o:p></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"> <div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Os pássaros faziam um autêntico festival de harmonia com seus gorjeios melodiosos. Até os insetos participavam daquele conserto bucólico com seus zumbidos característicos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Então o meu corpo (seria mesmo o meu corpo ou seria o meu espírito?) levantou-se e saiu caminhando, quase flutuando, pela campina circundante...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Ó Deus! Que beleza!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Não se ouvia o menor ruído que não fosse o dos gorjeios, dos zumbidos, do cascatear das águas, do cricrilar dos grilos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Caminhei e caminhei...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">De repente, ouvi uma voz chamando-me pelo nome. Parei. Olhei em torno e... Nada! Recomecei a andar. A voz chamou-me novamente. Pesquisei com os olhos a redondeza para verificar se ali existia alguém escondido. Nada! Nem uma vivalma!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Então a voz soou à minha direita, chamando-me. Não, Deus dos Céus, não havia ninguém! Novo chamado. Aí, então, localizei de onde procedia a voz: - era de uma árvore frondosa. Aproximei-me pensando que alguém se escondera atrás de seu tronco para brincar comigo... Assim, dei a volta ao redor da árvore e... Nada! Ninguém estava ali! Os meus pensamentos tumultuaram. Seria uma entidade de outra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">esfera </i>que desejava comunicar-se comigo? Então, a voz esclareceu-me:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Não, não sou um espírito. Sou eu mesmo, a árvore!...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Como?! Uma árvore que fala?!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Por que o espanto? Quantas vezes já lhe falei, na voz do vento, no canto dos pássaros...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Intrigado com o inesperado, pensei:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Como pode ser? Será que estou sonhando ou estou ficando louco?...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Ficando louco, não!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Então é um sonho, disse aliviado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Sim. Mais ou menos. Porque neste sonho, por mais contraditório que lhe pareça, você vive a verdadeira realidade em que as coisas de Deus têm a vida que Ele lhes deu.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Ante tão firme resposta, aventurei:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Bem, em que posso então auxiliá-la?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Auxiliar-me?! Que pretensão! Você é que precisa de ajuda.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Eu?!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">- Sim. Veja: - você veio a este campo para meditar. No entanto, nem mesmo uma ligeira prece você fez. No silêncio, você dormiu e não viu a beleza dos arredores... Não escutou o canto da brisa... Não ouviu a melodia do farfalhar das folhas... Não sentiu o aroma das flores... Não viu o trabalho das abelhas nem o murmúrio das águas entoando hinos de louvor a Deus, nem o gorjeio dos pássaros... Você precisa ouvir e entender a Natureza porque assim você pode compreender a beleza da Criação. Agora, meu amigo, acorde e olhe à sua a volta...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Meus olhos se abriram e então pude ver a beleza exuberante da paisagem com seus adornos floridos... A brisa... O cascatear das águas... O canto dos pássaros... As luzes multicolores filtrando pela ramagem...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">A árvore falante, balançado seus galhos e folhas, parecia aplaudir o espetáculo maravilhoso...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Foi um sonho? Não sei... Quem o sabe?!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Urbano França Canôas</span></i></div></span>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-75491830558860216122010-11-04T21:50:00.000-02:002010-11-04T21:50:01.584-02:00BRINQUEDO QUEBRADO<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Eu não sabia, na realidade, qual era o meu desejo. No meu íntimo, aquela sensação esquisita de insatisfação. Nada estava bom. Faltava-me alguma coisa que eu não sabia bem definir o que era.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Procurei a resposta no alimento: - não era exatamente o que eu queria. A bebida não me atraia. A leitura muito menos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">O quê seria?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">O convívio com os familiares era-me muito agradável, mas, não preenchia ainda aquela ânsia interna,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">A prece, a procura da afinidade com o outro Plano, dava-me um refrigério, no entanto, não chegava à plenitude do anseio.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">As luzes, o brilho da cidade, o som das músicas e dos hinos, tão comuns na época do Natal, como que aumentavam aquele vazio que sentia em minha alma...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Recolhi-me no meu interior, buscando a resposta que o meu coração pedia...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Então, os pensamentos voaram. As folhas do calendário sobre a minha mesa foram virando pra trás... Para trás... Cada vez mais para trás...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Surgiu, então, na tela da minha retina, um menino meio-desengonçado, calças curtas, camisa para fora do cinto (cinto?! Teria ele mesmo um cinto ou seria apenas um cordão amarrado na cintura?); cabelos despenteados; nariz um tanto limpo e tanto sujo; olhos assustados...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Quem seria aquela criança?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Firmei o meu pensamento naquela figura. O filme da memória, retido há tanto tempo na câmara escura do meu inconsciente, revelou-me que o menino estava triste, porque no chão, a seus pés, estava um brinquedo quebrado... Era uma piorra, uma espécie de pião musical, que ele havia recebido como presente de Natal. A quebra do brinquedo era a desilusão de um sonho mal começado... Era a sua primeira desilusão!...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">Procurei outros detalhes do menino: - outros traços fisionômicos. Quem seria ele?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';">As cores do passado, as formas, a paisagem... Então – ó Deus! – reconheci-me na desilusão do menino! Era a minha própria imagem que, há tantos anos, chorou pelo seu brinquedo quebrado!...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Urbano França Canôas</span></i></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-80569356360745400252010-11-04T21:12:00.000-02:002010-11-04T21:12:14.803-02:0063 Anos<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 30.0pt; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"><span class="Apple-style-span" style="text-transform: uppercase;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Você, meu amor, nunca foi boa de contas.<o:p></o:p></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #00005f; font-family: 'Comic Sans MS';"> <div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Você, às vezes, tem dificuldade até de somar 2 + 2...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Então, como você poderá calcular a soma de 63 anos de casados...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Mas, vamos, desta forma, às contas: - são fora os anos bissextos que têm um dia a mais, vamos ver as contas: - são 22.995 dias, 1.379.700 horas ou 82.772.000 minutos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Veja você, quanto tempo contamos hoje!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Desses números, quantas alegrias tivemos... Quantas tristezas...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Mas, meu amor, eu só conto os 82.772.000 minutos que nós estivemos juntos, amando, sorrindo e sofrendo...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Separo desses minutos só as alegrias e deixo prá lá as tristezas, pois elas são tão passageiras...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Espero segundo a vontade de Deus Pai, daqui prá diante, só contar os momentos de alegria...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">E o seu presente?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Ah! O seu presente... Acho que ele se perdeu naqueles números tão grandes, mas bem pequenos para o meu coração, onde tem morado sempre e sempre estarei contando as horas felizes de hoje em diante...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Beijo-a, com amor, minha querida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.9pt; margin-right: 70.9pt; margin-top: 0cm; text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #00005f; font-family: "Comic Sans MS";">Urbano França Canôas</span></i></div></span>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-82826759731942247492010-10-24T00:46:00.000-02:002010-10-24T00:46:22.815-02:00Nas Minhas Páginas...<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Hoje, retomando minhas atividades de <em>blogueiro</em> resolvi, além deste Blog que criei em homenagem ao meu pai, começar um outro, o qual intitulei "<em><strong>NAS MINHAS PÁGINAS...</strong></em>".</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">Este título, "<em><strong>NAS MINHAS PÁGINAS...</strong></em>", refere-se à uma série de <em>crônicas, poesias</em> e <em>pensamentos</em>, que escrevi há uns 15, ou 20 anos atrás. Na época, como um bom filho do pai, pensei em editá-lo. Mas, por falta de tempo ($$$), não o fiz, e agora, tomei <em>coragem</em> para divulgá-lo na <em>grande rede</em>.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: x-small;">Assim, pedindo venia ao meu Nobre Colega Dr. URBANO, e bença ao meu saudoso pai, venho divulgar o endereço do Blog "<em><strong>NAS MINHAS PÁGINAS...</strong></em>", qual seja: </span><a href="http://nasminhaspaginas.blogspot.com/"><span style="font-size: x-small;">http://nasminhaspaginas.blogspot.com/</span></a><span style="font-size: x-small;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;">E, aproveito a oportunidade para convidar aos seguidores do "<strong>CHÃO PRETO DE URBANUS</strong>", para, querendo, também seguir <em>lendo</em> "<em><strong>NAS MINHAS PÁGINAS...</strong></em>"!</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><em><span style="font-family: Verdana; font-size: x-small;"><strong>Abraços, J. Fernando Canôas</strong></span></em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-5973439725766675852010-10-24T00:01:00.000-02:002010-10-24T00:01:26.072-02:0062 ANOS (DE CASADOS)<div style="text-align: center;">Chegamos hoje, minha querida, aos 62 anos de casados.</div><div style="text-align: center;">Quantas lutas! Quantas dificuldades!</div><div style="text-align: center;">Vitórias?</div><div style="text-align: center;">Tivemos vitórias, meu amor?</div><div style="text-align: center;">Oh, sim! Vencemos juntos muitas peripécias.</div><div style="text-align: center;">Alegrias?</div><div style="text-align: center;">Foram bem poucas, você não acha?</div><div style="text-align: center;">Mas, elas encheram os nossos corações de felicidade.</div><div style="text-align: center;">E as dificuldades?</div><div style="text-align: center;">Sinceramente, não sei contá-las, foram quantas...</div><div style="text-align: center;">Mas, com o seu apoio, elas ficaram tão pequenas...</div><div style="text-align: center;">E as tristezas?</div><div style="text-align: center;">Ah! Essas são tão comuns, numa família como a nossa.</div><div style="text-align: center;">Sempre, porém, você com a sua coragem, deu força à nossa vida.</div><div style="text-align: center;">A maior de todas elas, você bem sabe qual foi...</div><div style="text-align: center;">É aquela, cujo vazio jamais será, nesta existência, preenchida...</div><div style="text-align: center;">Todavia, com tudo isto, vamos vivendo e, com isso mais aquilo, chegamos aqui...</div><div style="text-align: center;">Chegamos aos 62 anos de casados, com a sua força, com a sua compreensão.</div><div style="text-align: center;">E, sobretudo, com o Amor que sempre nos uniu e nos unirá até ao fim dos nossos dias.</div><div style="text-align: center;">Beijo-a, minha querida, neste dia.</div><div style="text-align: center;">Agradeço-a, meu amor, nesta data.</div><div style="text-align: center;">Nestes 62 anos existe uma grande vitoriosa: - VOCÊ, minha esposa querida!</div><br />
<div style="text-align: right;"><em>Urbano França Canôas</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-31517235208109806102010-10-23T23:52:00.000-02:002010-10-23T23:52:35.212-02:00REMINISCÊNCIAS<div style="text-align: justify;">Antes que a vela do Tempo se apague; antes que a inexorável velhice corroa os meus já combalidos neurônios da memória, deixei-me relembrar coisas queridas que marcaram a minha insignificante vida neste Plano Terrestre.</div><div style="text-align: justify;">1.938...</div><div style="text-align: justify;">A Arthur Machado, conhecida como a. Rua do Comércio de Uberaba (MG).</div><div style="text-align: justify;">Era o local onde a mocidade se encontrava nos “footings” tão em voga naqueles tempos.</div><div style="text-align: justify;">Eu tinha terminado o curso ginasial e, como era ante véspera da segunda Grande Guerra, ainda fazia a instrução militar no Tiro de Guerra nº 158. Mas, à noite, quando não tinha ronda, aos domingos, lá ia eu para a Rua do Comércio para ver o “footing”... As moças passando... Passando...</div><div style="text-align: justify;">De repente, vi uma menina-moça linda. Vestido vermelho. Olhos grandes. Cabelos enrolados no alto da cabeça. Tez louçã... Linda, linda mesmo!</div><div style="text-align: justify;">Meu coração, ainda sem dono, disparou...</div><div style="text-align: justify;">Ela olhou para mim? Seria mesmo para mim?!</div><div style="text-align: justify;">Esperei o retorno do “footing” que ia da Praça Rui Barbosa até a Avenida Leopoldino de Oliveira.</div><div style="text-align: justify;">Ela passou de novo e, de novo, me olhou...</div><div style="text-align: justify;">Ah! Meu Deus! Era mesmo eu o felizardo daqueles olhares tão doces...</div><div style="text-align: justify;">Outros domingos... Novos olhares...</div><div style="text-align: justify;">Ai, num domingo, quando terminava a passeata das moças, tomei coragem e abordei a tal mocinha: - “Posso acompanhá-la ?” Era a forma usual daqueles tempos para a aproximação.</div><div style="text-align: justify;">Começou o namoro... Cinemas no “Royal”... Despedidas na esquina da Rua Padre Zeferino com a Gonçalves Dias, perto da casa dela.</div><div style="text-align: justify;">Veio o Carnaval. Encontramo-nos. Depois de alguma conversa, ela se despediu dizendo que ia para casa. Fui embora...</div><div style="text-align: justify;">Depois de alguns dias, descobri que ela me enganara, ao invés de ir para casa, foi para o baile de carnaval na União dos Empregados do Comércio... O Irineu, um meu conhecido que trabalhava no Correio, contou-me que dançou com ela, mas que o preferido era o Francisco Sabino, com quem ela mais dançou. Quase morri de ciúmes e de raiva, pela enganação de que tinha sido vítima. Tinha feito papel de bobo, acreditando na estória de “ir para casa”...</div><div style="text-align: justify;">Ela procurou, por muito tempo, manter a mentira... Mas, eu tinha certeza dos fatos... Até que um dia, já de namoro firme, ela me contou a verdade: - tinha ido mesmo ao tal baile...</div><div style="text-align: justify;">No dia 17 de dezembro de 1939, já freqüentando sua casa, pedi-a em casamento. Ficamos noivos.</div><div style="text-align: justify;">A “Pindaíba”... Quantas recordações...</div><div style="text-align: justify;">O concurso para o Banco do Brasil.</div><div style="text-align: justify;">O nosso casamento que, por discriminação religiosa (ela era espírita e eu católico), não foi realizado no Altar Mor da Catedral... Foi feito no Altar de São José, que passou a ser o nosso Protetor da nossa vida de casados...</div><div style="text-align: justify;">O primeiro filho... Cinco quilos e trezentos gramas... Menino lindo e forte...</div><div style="text-align: justify;">A mudança para Governador Valadares... Tristes lembranças... Quantas dificuldades...</div><div style="text-align: justify;">Os outros filhos...</div><div style="text-align: justify;">A minha carreira no Banco do Brasil... Os progressos... Depois a queda...</div><div style="text-align: justify;">Doenças...</div><div style="text-align: justify;">São Paulo... Outras dificuldades... Outras vitórias...</div><div style="text-align: justify;">Ribeirão Preto...</div><div style="text-align: justify;">São Carlos...</div><div style="text-align: justify;">Dificuldades...</div><div style="text-align: justify;">x.x.x.x.x</div><div style="text-align: justify;">Mas, agora, aos 61 anos de casados, ainda continuo a lembrar-me daquela menina-moça de vestido vermelho, e continuo a amá-la como sempre.</div><div style="text-align: justify;">Só espero que, no próximo Carnaval, ela não me engane de novo...</div><div style="text-align: justify;">Será?!</div><div style="text-align: justify;">Reminiscências... Reminiscências...</div><div style="text-align: justify;">Como é bom a gente poder lembrar de coisas mínimas que constituíram as nossas vidas... Como é bom!</div><br />
<div style="text-align: right;"><em>Urbano França Canôas</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-86129046195868064612010-10-11T12:04:00.000-03:002010-10-11T12:04:21.708-03:00ESTOU DE VOLTA!!!Após quase um mês no <em>estaleiro</em>, volto à ativa com força total! Peço desculpas a todos e vamos enfrente que atrás vem gente!!!<br />
<br />
<div align="right"><strong><em>J. Fernando</em></strong></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-89863595820546039722010-08-18T11:11:00.004-03:002010-08-18T11:21:23.893-03:00CHÃO PRETO<div align="center"><span style="font-size:78%;">Origem da denominação<br />(Crônica em homenagem aos 150 anos de Barretos)</span></div><div align="justify"><br />Diz a história mais aceita que a denominação da cidade de Barretos (SP), como “<strong>Chão Preto</strong>”, nasceu em uma peça burlesca, levada a palco, em São Paulo - Capital, nos idos anos de 1.924, quando um ator, trajando-se como um homem do campo, como um verdadeiro “<em>caipira</em>”, no linguajar popular, entrava em cena e, sacando de uma velha garrucha, disparava dois tiros para o alto, gritando com voz de bravo: - “<strong>Eh! Chão Preto, terra boa é Barreto!</strong>”<br />Como se vê, o referido personagem não falava <strong>Barretos</strong> para rimar, ao que parece, com “preto”.<br />A cidade de Barretos era, naqueles tempos, conhecida e tida como valhacouto de bandidos e facínoras, como Filogônio Reis e Aníbal Vieira; além de manter um afamado meretrício composto de lindas mulheres <em>importadas</em> até da França e da vizinha cidade de Uberaba (MG). Essas mulheres, da chamada <em>vida airosa</em>, eram trazidas pelos “coronéis” políticos e fazendeiros que, na aparência, eram homens probos e honestos chefes de família que “ornavam” a mais alta sociedade de então...<br />Barretos progrediu... Cresceu... Tornou-se famosa no cenário nacional.<br />Teve seus “tipos” populares. Quem não se lembra do “<em>Carrasco</em>”, do “<em>Ponto</em> <em>Mole</em>”, do “<em>Quatro</em>”, do “<em>Tuta</em>”, do “<em>Zé</em> <em>Muié</em>”, do “<em>Zebedeu</em>”, do “<em>Chupa</em> <em>Limão</em>”, do “<em>Mudinho</em>”, do “<em>Zé</em> <em>Feição</em>”, e tantos outros?!<br />A cidade alcançou foros internacionais, graças a “<em><strong>Festa</strong> <strong>do</strong> <strong>Peão</strong></em>”, patrocinada pelos “<em><strong>Independentes</strong></em>”, esse grupo de moços valorosos que, em virtude de seu trabalho, elevou o nome de Barretos além fronteiras... Lembranças do Orestes de Ávila: - “<em><strong>Elegância! Elegância! Segura peão!... O chão é o limite!...</strong></em>”</div><div align="center">x.x.x.x.x.x</div><div align="justify">Em 1948, através das colunas do jornal “O Correio de Barretos”, de propriedade do eminente jornalista Ruy Menezes, de pranteada memória, comecei, modestamente, a escrever, sob o evidente pseudônimo de “<em>Urbanus</em>”, uma colunazinha intitulada “<strong><em>CHÃO</em></strong> <em><strong>PRETO</strong></em>”, na qual pretendia, em oito centímetros, gravada em tipo itálico, corpo 6, relatar fatos locais e, principalmente, exaltar a excelência da cidade e a de seus habitantes.<br />Invariavelmente, eu terminava as pequenas crônicas com a expressão “<strong><em>Eh! Eh! Chão Preto</em></strong>”... Mantive a coluna durante 17 anos...<br />A “<em>coisa</em>” pegou... A antonomásia pejorativa de “<em><strong>Chão Preto</strong></em>” tornou-se adjetivo qualificativo para a cidade... Hoje, ninguém se ofende de ser chamado de “<em><strong>chãopretano</strong></em>”, de morar nas terras abençoadas do “<em><strong>Chão Preto</strong></em>”...<br />O nome, atualmente, é do domínio popular. Houve até um ilustre membro da Academia de Letras de Barretos que lançou um livro sob o título de “<em>Crônicas do meu querido Chão Preto</em>”. Todavia, - o que é lamentável – o ilustre autor, nem de leve, lembrou-se de mencionar quem fixou, na cidade, o nome de “<strong><em>CHÃO</em></strong> <strong><em>PRETO</em></strong>”, daquele que, realmente, escreveu, durante 17 anos, as verdadeiras crônicas do meu querido “<strong><em>Chão</em></strong> <em><strong>Preto</strong></em>”... Bem diz o povo, na sua sabedoria, que “o brasileiro tem memória curta”...<br />Mas, agora, longe da terra que tanto amei que tanto exaltei só me resta a saudade de ouvir o berrante trombetear nas campinas do sertão barretense e o peão, do alto da sua montaria, gritar, a plenos pulmões: “<strong><em>EH! EH! CHÃO PRETO, TERRA BOA É BARRETO!!!</em></strong>”...</div><div align="right"><br />São Carlos (SP), agosto de 2.004.<br /><em>Urbano França Canôas</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-78491411951801850652010-08-18T11:08:00.001-03:002010-08-18T11:11:14.234-03:00HOMENAGEM AOS 156 ANOS DE BARRETOS (nota)<div align="justify"><span style="font-size:85%;">Às vésperas de mais um aniversário de Barretos, dia 25 de Agosto pf., o “<strong>Chão Preto</strong>” completará 156 anos! E para homenagear a terra de Chico Barreto, vou postar a crônica escrita, por <em>Urbanus</em> em 2004, alusiva ao sesquicentenário da terra que tanto amou.<br />Nessa crônica, <em>Urbanus</em> relata a origem, da denominação “<strong>Chão Preto</strong>”, e também como e quando iniciou sua jornada como propulsor da expressão “<strong>Chão Preto</strong>”.<br /></span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;"><em>J Fernando Canôas</em></span></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-70436075364232104502010-08-16T22:13:00.001-03:002010-08-16T22:16:20.595-03:00O CURUMIM (Para o meu netinho Lucas)<div align="justify">A sua carinha de curumim é a alegria da casa.<br />Então a gente vê aquela energia toda irradiando-se do seu corpinho que se agita em tropelias de toda espécie: - corridas, pulos, cambalhotas e quedas espetaculares...<br />É um verdadeiro furacãozinho!<br />A sua algaravia é quase que inteligível. Mas, ai de quem ousa não entendê-la! Ele grita frenético e chora inconsolável...<br />No meio de tudo isso, a personalidade de um verdadeiro guarani das antigas planícies brasileiras.<br />Ah! Meu indiozinho levado, como você agita o ambiente da minha casa com a sua ligeireza infantil! Como você enche a minha vida com a sua brejeirice!<br />Em você, meu curumim, eu vejo o Brasil que nasceu e cresceu para ser forte e belo, como você será, se Deus quiser, um dia!<br />Ah! Meu curumim... Ah! Meu indiozinho.</div><div align="right"><br /><em>Urbano França Canôas</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-91090720890950680102010-08-07T20:18:00.003-03:002010-08-07T20:25:17.289-03:00DIA DOS PAIS (por J. Fernando)<div align="justify">Hoje é o primeiro DIA DOS PAIS que passamos distantes (fisicamente distante), pois no meu coração, na minha alma, o senhor PAI, está mais presente do que nunca!<br />Quando criei esse Blog, não imaginava a dimensão que poderia ter. Imaginei apenas fazer uma homenagem a um grande homem e “um baita” amigo que tive o prazer de conhecer, e que não por acaso era o senhor, MEU PAI! Imaginei uma forma de sempre manter-me em contato com o senhor, de lhe afagar os cabelos, de ser a sua bengala e os seus olhos.<br />Hoje, véspera do DIA DOS PAIS, estou eu aqui; frente a frente com a dura realidade de não ter o “Velho Canôas” prá poder abraçar, prá ouvir suas histórias, seus causos... Mas tenho absoluta certeza de que a festa no “andar de cima” tá bem animada... Alegro-me de saber que o “Zé Botina”, o “Coconho”... O “Mineiro”, tá fazendo as nossas vezes, as vezes de todos nós que ficamos nesse plano. Que inveja dele!!!<br />PAI receba nessa singela homenagem, um beijo, um forte abraço (o mais carinhoso possível e imaginável) desse seu caçulinha que tanto trabalho te deu, mas que saberá honrar o seu nome, o seu legado de cultura, de amor e de fé.<br />PAI... PAPAI. Um feliz dia dos pais!!! Nós te amamos.<br />Um beijo de seus filhos.</div><div align="right"><br /><em>CRISTIANE & Marcelo, Letícia e Kaíque<br />ANITA & João Carlos; Maria Ruth & Marcos, Larissa, Caio Henrique, João Pedro; Liliane & Sandro, Sandro Junior, João Victor; Marta Regina, André Luis, Orlando Carlos;<br />JOSÉ URBANO & Aparecida; Urbano Neto & Erika, Guilherme; Ana Carolina & Eduardo (Luiza);<br />JOSÉ ALBERTO & Luciana; Vivian, Fernanda, Vitor Hugo e Beatriz;<br />RUTH HELENA & Francisco, Victor Tadeu, Cinthia, Camila<br />J. FERNANDO & Daniele, Bruno, Lucas, Alexandre Giovanna e Maria Clara.</em></div><div align="right"><em></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;"><strong>Nota</strong>: "Zé Botina", "Coconho" ou "Mineiro" - apelidos de JOSE ANTONIO</span></em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-58901138133221415082010-08-07T20:13:00.003-03:002010-08-09T19:53:16.102-03:00DIA DOS PAIS<div align="center">Hoje, dizem, é o “dia dos pais”...<br />Então, segundo a tradição, eles, os pais, recebem homenagens... Recebem presentes... Abraços... Beijos... Sei lá mais o quê...<br />Alguém, alguém que talvez me conhecesse... Sei lá... Perguntou-me – “Como é? recebeu muitos presentes?”...<br />Presentes... Abraços... Beijos...<br />Recolhi-me, dentro das minhas lembranças, da minha memória já cansada...<br />x.x.x.x.x.x.x.x.<br />Nos meus tempos de menino, - não me lembro! - não existia esse tal de “dia dos pais”... Eu não sabia que pai tinha dia...<br />x.x.x.x.x.x.x.x.<br />Casei-me...<br />O relógio do Tempo rodou... Rodou...<br />Tornei-me pai...<br />x.x.x.x.x.x.x.x.<br />Aquela pergunta martela a minha cabeça: - “Como é? Recebeu muitos presentes?”<br />x.x.x.x.x.x.x.x.<br />Não sei se é trama comercial. Se é truque pra vender mais algumas quinquilharias para uns meninos... Para alguns filhos ou filhas... Não sei... Não sei...<br />x.x.x.x.x.x.x.x.<br />Só queria um belo “presente”...<br />Só queria rever aqueles olhinhos pretos como jabuticaba, percorrendo o quarto onde ele nascera, à procura da luz do vitral da janela...<br />Só queria revê-lo sorrindo, correndo com sua botininha de elástico, lá na praça, e os homens velhos (velho como sou hoje), a chamá-lo carinhosamente: -“Vem cá, Zé Botina! Vem cá... Vem...”<br />x.x.x.x.x.x.x<br />Dia dos pais...<br />E o meu presente?<br />Ele fica na minha retina... Ele fica na minha velha memória... Ele fica no meu coração, meu querido filho distante: - Meu querido “ZÉ BOTINA, o presente que eu queria hoje ganhar!... Que Deus me ajude! Que Deus te abençoe, “Zé Botina”...<br />09-08-2004.</div><div align="right"><br /><em>Urbanus</em></div><div align="right"><em></em></div><div align="justify"><em><span style="font-size:78%;"><strong>NOTA</strong>: Zé Botina era o apelido de José Antonio, meu irmão já desencarnado</span></em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-2151523402731806242010-08-05T10:18:00.000-03:002010-08-05T10:20:19.267-03:00A CIGARRA E A FORMIGA<div align="justify">Às vezes a gente se recorda, sem querer, de fatos passados e que, de muito jaziam no sepulcro mental do subconsciente. Causas várias concorrem para que se ocorra esse rememoramento. Um simples assobio, uma gargalhada estrepitosa ou um pedido de auxílio...<br />Dois desses fatores, creio, me trouxeram à luz do consciente uma fábula velha, velhíssima mesmo. Não que eu a houvesse esquecido. Mas ela esta enterrada no meu jazigo mental, junto com outras idéias – umas alegres, outras tristes – e que constitui essa fábula de cada um de nós – a nossa vida!<br />Mas, voltando ao assunto. Depois de um dia arduamente trabalhado, eu me recolhia à minha casa. Passando defronte a um dos clubes da cidade, chegou-me aos ouvidos um som de gargalhada estrepitosa, debochada, imoral. Lá dentro, no salão, vários moços dançavam. Mais adiante, perto ainda do local do festim um pobre diabo mendigava. Era um velho!<br />Não sei por que tal contraste me trouxe a recordação daquela historieta dos antigos livros do curso primário: - a fabula da cigarra e da formiga...<br />Segui para casa matutando na condição das situações. O velho lamentava-se e os moços divertiam-se...<br />Hoje e domingo de carnaval. Quantas “cigarras” e quantas “formigas” não haverá na quarta-feira de cinzas?<br />Tenho esperança que os filhos do meu “<strong><em>Chão Preto</em></strong>” leiam a fábula mais vezes e tirem dela uma conclusão proveitosa.</div><div align="right"><br /><em>Urbanus</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-29059943623327675462010-08-04T14:26:00.003-03:002010-08-04T14:31:51.056-03:00DITOS POPULARES<div align="justify">Há certos anexins (1) que necessitam, pela força das circunstâncias modernas, serem alterados, de vez que não traduzem, com realidade, o sentido que, de início, lhes foi dado.<br />Vejamos hoje, por exemplo, um desses ditos populares: - passar a pão e banana.<br />Quando se empregava esse ditado ao referir a alguém, era porque, de fato, o indivíduo era pobre, “pobre que nem tatu”...<br />Todavia, as coisas mudaram... Passar a pão e banana, hoje em dia, deixou de ser um dito indicativo de pobreza, de miséria. É sinal de riqueza, de opulência! Quem, senão os “empelegados”, pode comprar, com o preço atual, uma ou duas dúzias de bananas? E dizer-se que a banana é uma fruta quase que nativa das zonas quentes como a nossa...<br />E o pão? Quando o rifão a que me aludo ainda tinha valor, a gente comprava, naqueles tempos (Ah! Se a vida fosse assim!) por 200 réis, isto é, 20 centavos, o pão que hoje pagamos 2 Cruzeiros!<br />Talvez possam argumentar para justificar, o “jus argumentandi” dos que não acham solução para nada, que a vida encareceu e que em vista disso as autoridades nada podem fazer... Concordo! Mas pergunto: de quem é a culpa pelo encarecimento da vida? Parece-me, salvo melhor juízo, que é das autoridades. Assim cabe a elas fiscalizar e controlar o descalabro dos preços. Pelo menos do pão e da banana...<br />Enquanto isso, aqui no “Chão Preto”, proponho uma alteração naquele ditado: quando quisermos nos referir a alguém que“passa fome” dizermos: “Fulano passa a folha de gravatá e de sucupira”, pois ambas as folhagens existem de sobra por essas beiradas... </div><div align="right"><br /><em>Urbanus</em> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:78%;">NOTA DO EDITOR: (1) anexim1 (ch). [Do ár. an-na8Cd, ‘canto’; ‘hino’; ‘poema’.] Substantivo masculino. 1.V. provérbio (1): “um marido; não desses que justificam o anexim: — nunca falta um chinelo velho para um pé doente — mas um marido regular, capaz de direitos e obrigações.” (França Júnior, Folhetins, pp. 626-627). 2.Dito sentencioso. (in Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 6.0 © 4ª Edição de O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, atualizada e revista conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 7 de maio de 2008, contendo 435 mil verbetes, locuções e definições. ©2009 by Regis Ltda.</span></div><span style="font-size:78%;"><div align="right"><br /><em>Fernando Canôas</em></span></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-19256141952418860002010-08-03T20:44:00.002-03:002010-08-03T20:47:51.993-03:00CARIDADE<div align="justify">Uma das virtudes teologais de mais difícil cumprimento, talvez seja a caridade.<br />Não quero me referir ao ato ostensivo de se enfiar a mão no bolso e dele retirar do meio de várias “pelegas” de 500 o 1.000 Cruzeiros, uma miserável “paragnaia” de 1 ou 2 Cruzeiros, para dar a um pedinte qualquer. Não! Não é a esse farisaico proceder que me refiro. Quero focalizar a caridade despretensiosa, a caridade pura, a que nos vem do fundo da alma e que cheira a incenso. Podem querer mudar-lhe o nome, chamando-a de solidariedade humana ou espírito de colaboração, de cooperação, etc. Entretanto, sempre será, no meu dicionário, caridade.<br />Várias oportunidades temos nós, próprios mortais, de compartilhar desse manjar tão sublime como o que se deliciava com primazia o Divino Mestre.<br />Hoje mesmo, aqui no meu “<strong>Chão Preto</strong>”, todos terão uma excelente ocasião para se deleitarem com o prato da mesa do Mestre e, por outro lado, propiciarem à carcaça um prazer material. Explico-me: realizar-se-ão hoje dois embates esportivos em benefício de um pobre rapaz atingido por grave moléstia. Um encontro futebolístico e uma partida de “bola ao cesto”.<br />Com uma parcela insignificante desviada do nosso orçamento para o cinema, o para outra futilidade qualquer, poderemos minimizar o sofrimento de um ser humano.<br />Daqui da minha obscuridade, lanço um apelo as filhos desse meu “<strong>Chão Preto</strong>”; pratiquemos hoje um pouquinho de caridade, contribuindo para a iniciativa de se ajudar a um enfermo. Deus, por certo, saberá nos recompensar.</div><div align="right"><br /><em>Urbanus</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-31044887190558271702010-07-23T23:03:00.000-03:002010-07-23T23:04:17.399-03:00DO FUNDO DO BAÚ<div align="justify">Hoje, enquanto aguardava o horário para ser atendido por um juiz, fiquei no meu escritório mexendo, ou melhor, revirando a caixa onde estão as crônicas do meu pai. Organizei algumas folhas datilografadas, referente a outras colunas que ele assinava. “UM ASSUNTO EM FOCO”, “A SEMANA EM REVISTA” e “O COMENTÁRIO DO DIA”. Separei os vários cadernos, cerca de umas cinco ou seis brochuras, com aproximadamente cem (100) folhas cada. Todas manuscritas por ele, e sempre se referindo à cidade que era a sua paixão, Barretos (SP), ou como ele dizia: “O meu Chão Preto”. Além desses manuscritos e das cópias carbonadas, vi, pela primeira vez, um caderno de contos (pequenas historietas), algumas cartas, poemas e poesias. Vi, que terei um bom trabalho. Mas valerá a pena! Diante dessa constatação, - nunca tinha parado prá pensar no volume, no número de páginas que o papai havia escrito – resolvi rever o cronograma, das postagens aqui nesse Blog. Sei que ainda, por problemas profissionais, não consegui cumprir o que havia programado: postar um trabalho por dia. Agora vi que JAMAIS conseguirei, pois quem conheceu o papai, sabe como era a letra dele (é necessário traduzir, ter conhecimento de medicina, farmacologia, ou mesmo ser um especialista em hieróglifo)! Amigos creiam, o trem é brabo! Assim, resolvi ir ao poucos, vou traduzindo e postando...<br />Conto com a adesão de vocês! Sigam esse Blog!</div><div align="right"><br /><em>Abraços,<br />Fernando Canôas</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1324961857552880742.post-25197300910707773722010-07-20T20:20:00.002-03:002010-07-20T20:24:35.750-03:00MARRECO<div align="justify">Há indivíduos que o povo costuma chamar de doidos, de tarados ou de lunáticos. Entretanto, quantas vezes, não vemos um desses pobres diabos expenderem um conceito ajuizadíssimo, preciso e que faz inveja a quantos se dizem ou se têm na conta de normais e de inteligentes? É justamente a observação de um desses tipos que pretendo focalizar hoje.<br />Encontrei defronte a “<span style="font-size:85%;">Casas Pernambucanas</span>”, outro dia, um infeliz que a molecada chama, não sei por que, de “<em>Marreco</em>”. Ele descia e eu subia. Quando cruzamos, bem perto daquele reclame permanente de todas as “<span style="font-size:85%;">Pernambucanas</span>”, - o guarda em posição de continência – o “<em>Marreco</em>” se dirigiu a mim dizendo: “<em>Eis aí um soldado sempre alerta! Sempre cumprimentando os fregueses... Na chuva ou no sol!</em>”<br />Estupenda observação! Todos os dias eu passava por ali e ainda não tinha reparado na posição do militar de fancaria. Fiquei então pensando na astúcia do “<em>Marreco</em>”. Ele, apontado como desequilibrado por todos, descobria, e observava fatos. O que seria, pois o conceito que os indivíduos como ele, formaria de nós antes, os chamados normais?! Naquele dia, com certeza, ele se divertiu à valer à minha custa, vendo a cara de espanto que fiz ao ouvir a sua observação... Parece que ele me viu tão abstrato subindo a rua e adorou a imobilidade e a inércia do boneco de lata fosse mais vivo que eu.<br />Penitencio-me, “<em>Marreco</em>”! Mas tenho um grande, um enorme consolo: quantas sentinelas de fato existem por esse mundo afora que também não enxergam o descalabro que campeia por todas as paradas? </div><div align="right"><br /><em>Urbanus</em></div>Nas Minhas Páginashttp://www.blogger.com/profile/12878047402303130741noreply@blogger.com0