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domingo, 15 de dezembro de 2013

BARRETOS 159 ANOS

Hoje minha irmã Anita perguntou-me se tinha alguma crônica do papai sobre o aniversário de Barretos. Respondi-lhe que sim e que sempre a publicava... Nem aguardei resposta. Fui logo procurá-la. Entretanto não a republiquei. Por quais motivos? Não sei! O que sei é que num repente vi-me criança brincando na Praça Francisco Barreto... Era um Domingo. Dia de festa! Pipoca e picolé da Rainha... Algodão doce... Tinha fanfarra do Ateneu... Desfile na 19! Senti os aromas, o clima parecia mais ameno... Foram segundos que em minha mente de 53 anos queriam fossem eternos. Nessas lembranças, entrei na sala de aula do Primeiro Grupo, aquelas carteiras... Ah, quantas saudades! Dona Edith Moni (minha primeira Professora). Naquele tempo, era PROFESSORA e com “P” maiúsculo! “Seu” Dorival Teixeira era o diretor. O Grupo Escolar Doutor Antonio Olympío era cercado por um arvoredo, como também era a Praça “Chico Barreto”... Tudo sob a proteção da bela Igreja Matriz! Em meu devaneio de infância, corri ‘prá’ nadar na piscina do Grêmio, não sem antes levar um ‘esbregue’ do Baiano. Mergulhei fundo naqueles tempos idos... Andei de bicicleta até o Frigorifico Anglo, cruzei a cidade ‘prá’ passar na frente da casa de minha amada – já aos sete anos também amava amores platônicos... Ansioso por aventura fui Cine Centenário assistir um faroeste, depois com uma “trempa” de amigos ia protagonizar o “Bang-Bang” na mina d’água (onde hoje é o CPP)... Ah! Doces lembranças... Carrinhos de rolimã... Vi-me também nessa mesma fantasia, vi-me acompanhando o João Carlos Guimarães, meu cunhado, nos jogos de futebol... Grêmio, União dos Empregados, Campo dos Motoristas (São Cristóvão) entre outros... Deus! Quantas saudades... Saudades do meu Barretão, do meu querido e amado CHÃO PRETO! Hoje, estabilizado profissionalmente em São Carlos (SP), comemoro na distância os Cento e Cinquenta e Nove anos dessa Terra que amo, da Terra que nunca teve o chão preto, mas que na magia, no encanto e no amor de meu pai Urbanus (Urbano França Canôas), ganhou força e brilho. Finalizo com o trecho da crônica que papai fez ao Sesquicentenário de Barretos, pois este também é o meu sentimento: Mas, agora, longe da terra que tanto amei que tanto exaltei só me resta a saudade de ouvir o berrante trombetear nas campinas do sertão barretense e o peão, do alto da sua montaria, gritar, a plenos pulmões: “EH! EH! CHÃO PRETO, TERRA BOA É BARRETO!!!”...”
E para aqueles que ainda criticam vai o meu recado: Terra boa não é paraíso...

Abraço à todos os Barretenses!

J. Fernando Canôas

(N.A.) Esta 'crônica' foi publicada no dia 25 de Agosto de 2013 no Facebook.

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