Iniciamos aqui uma série de crônicas regionais.
Procuraremos espelhar em meia dúzia de linhas os acontecimentos mais pitorescos desse pedaço do Brasil, desse querido “Chão Preto”!
Passamos ainda ontem pelo Natal...
Quem não gosta das festas natalinas?
Para todos o 25 de dezembro encerra um sem números de aspirações.
Desde o menino que espera o Papai Noel, ou mais cristãmente o menino Jesus, até o mais sisudo comerciante que aguarda, com fervor, um bom movimento.
O “Chão Preto” estava regorjeando de gente na véspera do Natal.
A cidade parecia um formigueiro em mudança. Cada habitante, tal as operosas formigas mudadeiras, lá iam carregando o seu volume.
Havia na Cidade um ambiente de expectativa, junto com a “bolada” de 20 milhões da Loteria Federal, sortear-se-ia um espetacular Buick (*) em prol das obras da Santa Casa...
Quantos “brotos” e quantos “vovôs” não tomarão umas liçõeszinhas na “Auto-Escola” do Evaristo (1), na certeza de abiscoitar o estupendo premio.
Corrida a loteria: Oh! Triste desilusão para muita gente...
O “Maquininha” (3), o infernal “Maquininha”, segundo o slogan radiofônico do Nadir (2), foi o contemplado.
Salve! Maquininha! Meus parabéns! Que os postes sejam salvos!
Procuraremos espelhar em meia dúzia de linhas os acontecimentos mais pitorescos desse pedaço do Brasil, desse querido “Chão Preto”!
Passamos ainda ontem pelo Natal...
Quem não gosta das festas natalinas?
Para todos o 25 de dezembro encerra um sem números de aspirações.
Desde o menino que espera o Papai Noel, ou mais cristãmente o menino Jesus, até o mais sisudo comerciante que aguarda, com fervor, um bom movimento.
O “Chão Preto” estava regorjeando de gente na véspera do Natal.
A cidade parecia um formigueiro em mudança. Cada habitante, tal as operosas formigas mudadeiras, lá iam carregando o seu volume.
Havia na Cidade um ambiente de expectativa, junto com a “bolada” de 20 milhões da Loteria Federal, sortear-se-ia um espetacular Buick (*) em prol das obras da Santa Casa...
Quantos “brotos” e quantos “vovôs” não tomarão umas liçõeszinhas na “Auto-Escola” do Evaristo (1), na certeza de abiscoitar o estupendo premio.
Corrida a loteria: Oh! Triste desilusão para muita gente...
O “Maquininha” (3), o infernal “Maquininha”, segundo o slogan radiofônico do Nadir (2), foi o contemplado.
Salve! Maquininha! Meus parabéns! Que os postes sejam salvos!
Urbanus
NOTA DO EDITOR: Esta, salvo engano, é a primeira crônica da série CHÃO PRETO. E como diria meu pai, “após uma ginástica mental” e ajuda de minha esposa e de Anita, minha irmã, consegui traduzir o escrito – posto que manuscrito por ele, e inserido num caderno brochura. Hoje prá mim, esse caderno de folhas amareladas, quer como Barretense que sou ou como um orgulhoso filho é um documento histórico de valor inestimável. Somente lamento, que tal iniciativa, a de ver re-publicado os trabalhos de meu saudoso pai, tenha partido de mim, seu filho. Lamento, pois, o tão propalado jargão “Eh! Chão Preto, terra boa é Barretos!” vem sendo usado aos quatro ventos, sem sequer uma menção ao cronista que, com paixão e lirismo, deu dimensão de cidadania, de amor e admiração pelas terras de Chico Barreto. Errê, Chão Preto! Terra boa é Barretos!
NOTAS INFORMATIVAS:
(*) Buick (automóvel da General Motors).
(1) EVARISTO DE PAULA (proprietário e instrutor da Autoescola).
(2) NADIR KENAN (radialista, e político Barretense).
(3) ANTONIO RODRIGUES VIEIRA, O Maquininha (comerciante)
Agradecimentos: Com a ajuda de minha esposa Daniele, e de minha irmã Anita, consegui traduzir essa crônica posto que manuscrita por meu pai Urbano. Daniele ajudou-me a ler e interpretar (a letra do papai era muito bonita, porém de difícil leitura) e a Anita, completou informando-me os nomes completos dos personagens citados na crônica.