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sábado, 7 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS

Hoje, dizem, é o “dia dos pais”...
Então, segundo a tradição, eles, os pais, recebem homenagens... Recebem presentes... Abraços... Beijos... Sei lá mais o quê...
Alguém, alguém que talvez me conhecesse... Sei lá... Perguntou-me – “Como é? recebeu muitos presentes?”...
Presentes... Abraços... Beijos...
Recolhi-me, dentro das minhas lembranças, da minha memória já cansada...
x.x.x.x.x.x.x.x.
Nos meus tempos de menino, - não me lembro! - não existia esse tal de “dia dos pais”... Eu não sabia que pai tinha dia...
x.x.x.x.x.x.x.x.
Casei-me...
O relógio do Tempo rodou... Rodou...
Tornei-me pai...
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Aquela pergunta martela a minha cabeça: - “Como é? Recebeu muitos presentes?”
x.x.x.x.x.x.x.x.
Não sei se é trama comercial. Se é truque pra vender mais algumas quinquilharias para uns meninos... Para alguns filhos ou filhas... Não sei... Não sei...
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Só queria um belo “presente”...
Só queria rever aqueles olhinhos pretos como jabuticaba, percorrendo o quarto onde ele nascera, à procura da luz do vitral da janela...
Só queria revê-lo sorrindo, correndo com sua botininha de elástico, lá na praça, e os homens velhos (velho como sou hoje), a chamá-lo carinhosamente: -“Vem cá, Zé Botina! Vem cá... Vem...”
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Dia dos pais...
E o meu presente?
Ele fica na minha retina... Ele fica na minha velha memória... Ele fica no meu coração, meu querido filho distante: - Meu querido “ZÉ BOTINA, o presente que eu queria hoje ganhar!... Que Deus me ajude! Que Deus te abençoe, “Zé Botina”...
09-08-2004.

Urbanus
NOTA: Zé Botina era o apelido de José Antonio, meu irmão já desencarnado

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